Paulo Rogerio Pereira Costa





                     
                                         O “KANT” DE NIETZSCHE


Problemática: 
A  “má-interpretação” de Nietzsche sobre o Kant textual, visando que o “Kant” de Nietzsche foge ao filósofo de Königsberg

Objetivo:
Interpretar as leituras de Nietzsche não somente como lado positivo, mas também seus aspectos negativos principalmente mostrando as ressignificações que ele dava as palavras e conceitos recuando seu âmbito linguístico e colocando-se num sentido moral diferente do padrão. Mostrar a visão de Nietzsche sobre “Kant”, mostrar que “Kant” era mais um personagem para Nietzsche do que o Kant textual em si.
Interpretar as leituras de Nietzsche no intuito de identificar em que medida o “Kant” do interior dos textos de Nietzsche se distingue parcialmente, ou mesmo radicalmente, do “Kant textual” das obras do filósofo da Critica da Razão Pura.
Citação:
“Era isso que exigia meu “a priori” de mim?. Aquele novo e imoral, pelo menos imoralista “a priori”, e o “imperativo categórico” que nele falava, tão anti-Kantiano, tão enigmático,ao qual desde então tenho dado atenção, e mais que atenção?...”(GM Prólogo 3 Página 9).
“Imperativo categórico”: para Kant universal e necessária.
“Você deve agir de tal forma universal e necessária” (Immanuel Kant)
“Imperativo categórico” é portanto só um único, que é este: age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se tome lei universal” (Kant GSM 7/51 FMC).
Introdução:
Nietzsche mostra dentro de seus escritos (GM, HDH II, CI), que ele não fazia suas criticas ao Kant textual, mas sim usava a base filosófica deste e criticava realmente o seu “pseudo-Kant”.
A má-interpretação do filólogo Nietzsche se deve a sua não aprofundarão nos textos Kantianos. Nietzsche utiliza “Kant” como um meio de expressão, um instrumento para transgredir seu pensamento, sua filosofia, sem que isso o torne propriamente Kantiano ou anti-Kantiano.
Desenvolvimento:
O filósofo de Sils Maria utiliza-se das bases extra-morais do Kant textual para fazer sua critica, depois parte para um lado mais do seu “Kant” para conceituar por ele mesmo essas criticas.
Outro aspecto para deixar claro que o “Kant” de Nietzsche era pseudônimo está relacionado Sobre Verdade e Mentira, para Nietzsche as dificuldades que o intelecto encontra ao tentar assegurar a verdade, não estão circunscritas ao campo metafísico do Kant textual.
Para Nietzsche não há fenômenos, há interpretações. Pensar como Kant propunha, portanto é buscar a gramática.
Formulação de Objetivos e Resultados:
Dentro de tudo o que foi citado acima se coloca o que o filólogo de Sils Maria interpretou e dentro dessa filologação Nietzsche usa as bases de Kant textual para obter uma critica e depois partir para o lado de seu “pseudo-Kant” aonde faz criticas mais profundas e mais fundadas sem um uso de má-interpretação, pois ele o cria por si.
Se o filólogo Nietzsche se aprofundasse em Immanuel Kant ele não seria o Nietzsche que foi seria apenas erroneamente mais um “Reles  Kantiano” apenas um interpretador não o conceituador que foi.
Obras de Pesquisa Primária:

“Crepúsculo dos Ídolos” (Aforismos I á VI). Nietzsche Friedrich.

“Genealogia da Moral” Nietzsche Friedrich.

“Critica da Razão Pratica” Immanuel Kant.

“Fundamentação da Metafísica dos Costumes” Immanuel Kant.

“Critica da Razão Pura” Immanuel Kant.

Obras de Pesquisa Secundária:

“Diálogo de mortos” Constantin Rauer
Citação da obra acima:
“ Cansado da eterna reformulação dos mesmo pensamentos, se compraz em citar a si mesmo e, por conseguinte, utilizar apenas o discurso indireto sobre Kant”

“Nietzsche, Kant e a filosofia como sedução moral” (artigo da revista KANT e-PRINTS, Antonio Edmilson Paschoal).
Citação do artigo acima:
”Desde seus primeiros escritos Nietzsche utiliza Kant como um meio de expressão para sua própria filosofia.”

“Kant para Nietzsche, um emblema da modernidade: em torno da questão da natureza.” ( artigo da revista KANT e-PRINTS, Jelson Roberto de Oliveira).
Citação do artigo acima:
Para Nietzsche, o nome de Kant está colocado no cerne da modernidade e serviria como seu emblema característico.”

Orientador:
 Jelson Roberto de Oliveira.